Fernanda Monteiro

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C. Joaquim Saraiva Marques

Nasceu em 1972 em Frankfurt, Alemanha.

Entre 1991 e 1995 frequentou o Curso de Pintura na Escola Superior de Artes e Design de Offenbach, Alemanha. 

Entre 1995 e 1996 licenciou-se na Escola Superior de Belas Artes de Frankfurt, Alemanha.

Em 1994 foi vencedor do prémio Jovem Fotografia, Alemanha.

Em 1993 foi bolsista do programa Johannes-Mosbach e em 1998 do programa DAAD na Alemanha. Nesse mesmo ano fixou residência em Portugal. Ao longo do ano letivo de 2001/2002 desenvolveu um Projeto Individual de Pintura no Centro de Arte e Comunicação Visual - Ar.Co em Lisboa na área da Pintura sob a orientação do Prof. Manuel Castro Caldas. Orientou um Ateliê Livre de Desenho e Pintura na Academia de Artes e Restauro em Cascais entre 2008 e 2013.

Na escola Nextart em Lisboa foi professor de Aquarela entre 2010 e 2013. Em 2013 fixa residência no Brasil. Por ocasião da Frestas Trienal de Arte em 2015 integra a dupla artística “Entropia na Caneca” com a artista Letícia Barreto.

Atualmente vive e trabalha em Sorocaba/SP onde é professor na escola Nextart Brasil e coorganizador do evento Desenhistas Urbanos Sorocaba.


TEXTO DE APRESENTAÇÃO

Lost in Memory. Joaquim Marques

                Joaquim Marques inicia despretensiosamente a série Lost in Memory, movido pelo desejo e pelo prazer de pintar, o que não afasta, mas, ao contrário, evidencia sua maestria como aquarelista. O que se observa aqui, no entanto, está para além de sua habilidade como pintor, revela uma articulação sofisticada entre forma e conteúdo, meio e mensagem.

                Existe uma atmosfera onírica criada pela diluição da forma como se víssemos por entre brumas uma paisagem reconhecível, quase um déjà vu. Para quem conhece um pouco sobre o artista e sua trajetória, há uma memória atávica, que cruza oceanos e se refugia nos bosques da psique.

                Ao cruzar os bosques, fecham-se ciclos, despede-se de fases. Ao mesmo tempo, “tornar-se” depende desta experiência direta ou indiretamente. Há neste mar, muito mais do que ressoam as ondas quebrando nas pedras. Todos nós estamos carregados do desconhecido, do pouco explorado, facetas encobertas pelo verniz social ou camadas que simplesmente não tivemos a oportunidade de desvelar.

                Dentro de cada um existem questões que mobilizam, interessam, hipnotizam, que nos tornam incompreendidos, únicos e inquietos a contemplar a paisagem simultaneamente externa e interna.

Fernanda Monteiro